O mesmo veneno da serpente peçonhenta que pode matar um homem é usado para salvar a vida de outro, pois é matéria-prima para a fabricação de soro antiofídico. Isso faz dele um produto muito valorizado. Dependendo da espécie, como a cascavel, um grama chega a valer R$ 300 ou mais. No caso do veneno de coral, a indústria farmacêutica chega a pagar até R$ 2 mil pelo grama cristalizado, garante Marcos Francoti, da empresa Ouro Ecológico, de São Paulo. De acordo com Francoti, utilizando uma área média de 36 metros quadrados, o serpentário não demanda instalações sofisticadas, podendo ser adaptado de um galinheiro, chiqueiro ou barracão. Ele ressalta que é justamente o habitat mais simples, aberto e natural que evitará problemas com doenças. Mas há exigências legais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para se ter um serpentário e é crime capturar animais na natureza sem autorização.
Cada fêmea dá em média 15 filhotes por ano e come de três a quatro ratos por mês, que precisam ser criados também. Do cuidado dispensado a estes vai depender a saúde das serpentes e a qualidade do veneno. A extração é feita uma vez por mês, podendo o veneno ser armazenado na geladeira por vários meses. Uma cobra dificilmente produz mais do que 100 miligramas de veneno por mês e é preciso respeitar esse limite para manter a saúde do animal. “Há várias empresas, laboratórios, exportadoras que compram veneno e fazem contrato”, acrescenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Vamos lá! participe! Deixe aqui o seu comentário!!